Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim,afirmou hoje (8) no Rio que a crise na Agência Nacional de AviaçãoCivil (Anac) ainda não está superada.“Nãoestá superada. Nós ainda temos uma série deproblemas a serem resolvidos na nova Anac”, disse Jobim, apósuma parada naval em homenagem aos 200 anos de nascimento do AlmiranteTamandaré, patrono da Marinha.Ontem(7), a agência reguladora divulgou um balanço apontandoredução nos números de cancelamentos e atrasosde vôos no país desde 29 de setembro, data do acidentedo vôo 1907, em que morreram 154 pessoas. “Anac mostra, comnúmeros, que a crise aérea acabou para o usuário"é o título do texto.A nota reforçafala do presidente da agência, Milton Zuanazzi, na últimaterça-feira (4). Dois dias depois, o presidente Luiz InácioLula da Silva afirmou que os aeroportos ainda enfrentam problemas.Hoje, o ministro Jobim detalhou os problemas que,segundo ele, ainda precisam ser resolvidos pela Anac: “Jácaminhamos grandemente para o problema da segurança, que era oprimeiro objetivo de nossa administração. Agora temosque caminhar para o regime da pontualidade, o problema dos atrasos,que será resolvido com toda a reconstituição damalha aérea”.Outra idéia defendida pelo ministro éa cobrança de tarifas diferenciadas para privilegiaraeroportos com menos movimento, em relação a outros jásaturados.“Vamos trabalhar com uma hipótese que opresidente [Lula] está aceitando, de privilegiarmosaeroportos pela via das taxas aeroportuárias. Você fazuma diferenciação das taxas para privilegiaraeroportos. E entre estes objetivos, está o Galeão, queserá privilegiado. Se alguém quiser embarcar emCongonhas, a taxa aeroportuária será superior a deCumbica [Guarulhos], para atender a necessidade dedescompressão da malha aérea.”