Bárbara Lobato
Da Agência Brasil
Brasília - Médicos de Alagoas realizam uma assembléia hoje (3) à noite para fazer um balanço da greve da categoria no estado, que durou cerca de três meses e terminou há 10 dias.De acordo com o presidente doSindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, algumas das reivindicações ainda não foram cumpridas pelo governo estadual, como, por exemplo, as melhorias na infra-estrutura para atendimento médico.“Nasunidades ambulatoriais que visitei, as pessoas reclamam muito daestrutura física. Há locais com insetos, onde nãofoi feita a dedetização. As unidadesainda não tiveram nenhuma manutenção. Ainda hácômodos com mofo e infiltrações”.Entre os problemas enfrentados no estado, Galvão cita a falta de médicos. Segundo ele, nosambulatórios há três médicos para umademanda de 400 pacientes. “É umaquantidade muito grande de pacientes. É preciso colocar maisprofissionais no atendimento. Não há condiçõesde atender bem dessa forma”.A tabela do Sistema Únicode Saúde (SUS) é outro ponto crítico apontado pelo sindicalista. “A gente espera que ogoverno atualize a tabela do SUS, pois ela estáinsustentável”, critica. Na avaliação dele, os hospitaise os profissionais estão insatisfeitos com a tabela SUS, e issoestá se refletindo em todo país com as greves. “Umaconsulta aqui, por exemplo, custa R$ 2,45. Os médicosautônomos não suportam mais trabalhar pela tabela SUS”.