Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com mais de uma hora de atraso, começou há pouco a reunião do Conselho de Ética que vai analisar a primeira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).O presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), em sua exposição inicial, fez uma retrospectiva, lembrando que desde o dia 4 de junho, quando o processo foi iniciado, "o Senado Federal tem vivido um dos momentos mais delicados de sua história recente".Quintanilha ainda elogiou a "lisura e a competência" dos consultores do Senado e disse que "todos os atos necessários à instrução do processo foram realizados".Neste momento, os senadores discutem se a votação no Conselho deve ser aberta ou fechada. O regimento interno do Senado é omisso nesse ponto. "A ausência de regimento específico tem suscitado discussões que extrapolam os limites desta Casa", disse Quintanilha.Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), é preciso usar, como analogia, o regimento da Câmara dos Deputados, que determina votação aberta no Conselho de Ética em processo de cassação de deputados. "Não tem como trabalhar de forma diferente do que faz a Câmara", disse.O regimento do Senado é específico quanto à votações secretas apenas em votações no plenário.