Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho de Ética começa a analisar hoje a primeira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que investiga se ele teve contas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira. A reunião promete ser tensa e cheia de desentendimentos. Tudo porque não há consenso sobre o tipo de votação - secreta ou aberta - para a representação contra Renan. O presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que vai colocar a decisão em votação no plenário do órgão.Os relatores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) disseram que se a votação for fechada, não irão apresentar relatório.Ontem, foram divulgados dois pareceres da consultoria legislativa do Senado: um recomenda a votação secreta e outro, a votação fechada. Além disso, o secretário-adjunto da Mesa, Marcos Santi, pediu afastamento do cargo que ocupava há 13 anos, alegando ter sofrido pressões desde que o processo contra Renan foi iniciado.Outro ponto de divergência entre os senadores será sobre o relatório considerado oficial. O três relatores vão elaborar dois relatórios: Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) já informaram que o documento que elaboraram vai pedir a cassação de Renan Calheiros; Almeida Lima (PMDB-SE) vai defender o arquivamento do processo.O presidente do Conselho disse que deve considerar como principal o relatório majoritário, elaborado pela maioria do grupo de senadores.Renan Calheiros é investigado a partir de representação do P-SOL por supostamente ter recebido dinheiro de um lobista de uma empreiteira para pagar contas pessoais.