Relator pede arquivamento de representação contra Renan Calheiros

30/08/2007 - 19h23

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao apresentar ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado seu voto em separado sobre o processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Almeida Lima (PMDB-SE) defendeu não haver provas de que o presidente do Senado tenha quebrado o decoro parlamentar.Lima votou pelo arquivamento da representação apresentada pelo P-SOL para investigar as denúncias de que o funcionário Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, teria pago contas pessoais de Renan. Entre essas contas estaria a pensão da jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha de três anos. Além de alegar que o processo não produziu nenhuma prova cabal contra Calheiros, em seu voto em separado Lima ainda classifica como "vagos" os termos da representação do P-SOL.Almeida Lima, relator do processo junto aos senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), cita o laudo pericial do Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Polícia Federal, segundo o qual, Renan tinha condições econômicas de pagar a pensão de R$ 3 mil a Mônica Veloso, independentemente de seus rendimentos como senador.O relator também cita o empréstimo concedido a Calheiros pela empresa Costa Dourada Ltda. Segundo ele, isso teria demonstrado não haver inconsistências nas declarações de evolução patrimonial do senador. O relatório de Almeida Lima conclui o contrário do apresentado anteriormente por Marisa Serrano e Renato Casagrande - que lista sete argumentos para justificar a quebra de decoro.