Votação da CPMF em comissão da Câmara divide opiniões sobre função da cobrança

15/08/2007 - 16h02

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em avaliação na tarde de hoje (15) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, as propostas de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) dividem opiniões. O vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), acredita que a contribuição deve ser prorrogada. Ele defende que o dinheiro arrecadado com a CPMF tem cumprido uma importante função social e é usado integralmente nas áreas de saúde, previdência e erradicação da pobreza."Não sobra dinheiro para aplicar em outras áreas. Se gasta tanto nessas três áreas que o dinheiro é insuficiente", argumenta o deputado gaúcho, favorável à prorrogação da CPMF. Já o líder dos Democratas (DEM), Onyx Lorenzoni (RS), afirma que mais de 60% do dinheiro arrecado com a CPMF não cumpre nenhum papel social."Vai para o caixa de um governo para fazer politicagem e muitos desses recursos se perdem nos ralos da corrupção. Esse dinheiro fica muito melhor nas mãos do trabalhador do que nas mãos do governo. Com esse dinheiro, o trabalhador vai gerar emprego porque vai administrá-lo melhor", avalia Lorenzoni, que é contrário à prorrogação da cobrança.A CPMF prevê taxação de 0,38% nas movimentações bancárias - 0,20% é repassado para saúde, 0,10% para previdência social e 0,08% para erradicação da pobreza.