Deborah Souza
Da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dissehoje (15) que a Lei de Gestão de Florestas Públicas, emprocesso de implementação, vai mudar a visãotradicional de remoção de florestas.“Temos cada vez mais que compreender que afloresta em pé é muito mais rentável do que asua destruição, com perda da biodiversidade, com perdados serviços ambientas e prejuízo àscomunidades”.Segundo a ministra, a lei permitiráaprofundar o manejo sustentável, o uso dos componentes dabiodiversidade, o ecoturismo e várias outras atividades. Marina Silva fez as afirmações aoparticipar hoje (15) do 5º Seminário Técnico-Científicode Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na AmazôniaLegal, em Anápolis (GO), que reuniu representantes de váriossegmentos do governo.O evento teve o objetivo de avaliar os dados dodesmatamento na floresta amazônica, que caiu 25% de agosto de2005 a julho de 2006. A ministra também conheceu um dos aviõesradares que fazem o monitoramento da Amazônia, auxiliando notrabalho de fiscalização e acompanhamento dodesmatamento e da exploração ilegal de madeira.ParaMarina Silva, os dados de desmatamento no país sãoestimulantes. Ela lembrou que, desde a implementação doPlano de Prevenção e Controle do Desmatamento daAmazônia (PPCDA), em março de 2004, houve queda dodesmatamento por três anos consecutivos. Para o próximoano, a estimativa é de cerca de 30% menos áreasdesmatadas, o que levaria o país ao menor índice, desdeo início desse controle, em 1988.A ministra destacouque os resultados positivos se devem ao esforço dos governosfederal e estaduais, junto com a sociedade civil, além dasgrandes operações do Ibama, junto com a PolíciaFederal, que já prenderam mais de 500 pessoas envolvidas emcrimes ambientais.Marina Silva citou os pequenos agricultorese os extrativistas, que têm buscado cada vez mais apoio paradesenvolver atividades que não causem impacto nas florestas,nos rios e nos igarapés. Nesse sentido ela destacou o programaPró Ambiente, que trabalha com pequenos agricultores, com alógica de pagamentos dos serviços ambientais, para queeles tenham ajuda para desenvolver suas atividades econômicasda maneira correta.