Para Unafisco, sistema é paliativo para diminuir "um pouco" carga tributária

29/07/2007 - 10h53

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A diretora de estudos técnicos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), Clair Hickmann, avalia que o Supersimples, cujo prazo de adesão acaba na terça-feira (31), não soluciona todos os problemas do sistema tributário brasileiro. “Ele é apenas um paliativo, porque não resolve definitivamente os principais problemas do sistema tributário, que se conseguiria resolver através de uma reforma tributária. Mas ele é positivo no sentido que pode reduzir um pouco a carga tributária dos pequenos empresários”, avalia.Hickmann lembra que a adesão ao Supersimples não é obrigatória, e sugere que cada empresa avalie para ver se realmente a carga tributária dela ficará menor. “O ideal é que elas façam as suas contas e comparem. As empresas podem também optar pelo sistema de tributação pelo lucro real ou lucro presumido”, explica.De acordo com o Sebrae, a maioria das micro e pequenas empresas pagará menos impostos com a integração proposta pelo Supersimples. A redução média será de 20% para quem já opta pelo Simples Federal, podendo chegar a 50% dependendo do estado em que a empresa estiver instalada. Para aquelas empresas que agora poderão optar pelo Supersimples a redução poderá ser de até 80%.A aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa também permitiu que 14 categorias de serviços que não podiam se beneficiar do Simples Federal, passaram a ser contempladas pelo Supersimples. Segundo o Sebrae, a estimativa é que entre 200 mil e 300 mil empreendimentos de setores como contabilidade, informática, construção civil, vigilância, limpeza, escolas de línguas e academias, venham a aderir ao novo regime tributário.