Maioria das universidades em São Paulo executa ações afirmativas

29/07/2007 - 0h18

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Seis dos sete conjuntos deuniversidades públicas de São Paulo, estaduais e federais, já adotaramprogramas de ações afirmativas para ampliar o acesso de secundaristas decolégios públicos ou de negros e índios no vestibular. Desse total, cinco possuem programasde cotas ou bônus raciais, o que torna o estado paulista um parque de testes dediferentes fórmulas e de debates da comunidade acadêmica quanto aos propósitose objetivos dessas ações. Os programas de cotasétnicas ou raciais de ingresso são a principal novidade em ações afirmativasnas universidades públicas paulistas, que já possuíam em maior ou menor escalaprogramas voltados para facilitar o ingresso de secundaristas de colégiospúblicos, pertencentes ou não a famílias de baixa renda.Iniciados no primeirosemestre de 2003 pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e no mesmo ano pelaUniversidade Federal de Brasília, os programas afirmativos para inclusão deestudantes negros, pardos e índios estrearam em São Paulo há três anos,primeiramente na Universidade de Campinas (Unicamp), uma unidade estadual.Agora, essas políticas também abrangem as 31 unidades dasFaculdades de Tecnologia do Centro Paula Souza de Ensino (Fatecs, tambémestaduais) além das três universidades federais: Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), deSão Carlos (Ufscar) e do ABC paulista (Ufabc). A Universidade de São Paulo (USP) e aUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), ambasestaduais, optaram por programas de ações afirmativas apenas de viés social, deapoio ao ingresso de secundaristas de escolas públicas, sem a seleção porraça.Atualmente, 17 universidades federais já adotaram programas de inclusão comcotas raciais. A maioria adotou como base de definição de sua fórmula, para ovestibular, o que está previsto no Projeto de Lei 3.627/2004 (antigo PL73/1999) e aguarda votação na Câmara.