Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro da Defesa, Nelson Jobim, deve se encontrar amanhã (30) com opresidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir medidaspara conter a crise aérea no país. Jobim esteve em São Paulo, vistoriou a pista principal e local do acidente de Congonhas e se reuniu com o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM). O ministro chegou de São Paulo ontem (29), mas, de acordocom a assessoria do ministro, cumpre apenas agenda interna.Também estáconfirmada para amanhã a primeira reunião do ConselhoNacional de Aviação Civil (Conac) sob o comando deJobim, que tomou posse na última quarta-feira (25). Segundo aassessoria do ministro, o Conac vai aprofundar as medidas pararedução do tráfego aéreo em Congonhas ediscutir a utilização do aeroporto de Jundiaí, no interior deSão Paulo, para receber parte do tráfego, como vôosfretados e de táxi aéreo. A reuniãodo Conac está prevista para as 12 horas, no Ministério daDefesa.Jobim recebeu na sexta-feira do governador José Serra uma lista de nove pautas para ajudar a desafogar o Aeroporto de Congonhas. Entre elas, está a aceleração dos investimento para a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos e a construção, no formato de uma Parceria Público-Privada (PPP), de um trem expresso para transporte de passageiros entre os aeroportos. Para Serra, contudo, a proposta de um novo aeroporto no estado é projeto para "longuíssimo prazo".Na semana passada, quando tomou posse, o ministro disse que é preciso fazer uma “revisão sistêmica” dasinstituições vinculadas com o ministério, como a Empresa Brasileira de Infra-EstruturaAeroportuária (Infraero), por exemplo. “Não podemos deixar que haja mais comandos fora de regências. Isso aquitem de funcionar como uma orquestra e o maestro sou eu, sob às ordensdo presidente. A música e a composição são do presidente, eu executo evamos trabalhar exatamente com o conjunto nesse sentido”, disse.Depois do acidente com o Aibus A320 da TAM, o governo apresentou uma série de medidas para tentar melhorar o setor. Entre elas, a decisão de evitar que o Aeroporto de Congonhas seja ponto de conexão e escalas e passe a ser origem ou destino de vôos "ponto-a-ponto". O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também admitiu a possibilidade de o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ser reavaliado para que R$ 2 bilhões dos recursos fossem remanejados para ainfra-estrutura aeroportuária.