Luiza Bandeira
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Nas ruas, taxistasreclamam sobre a pouca movimentação de turistas duranteos Jogos Pan-Americanos. Jorge Luiz da Silva, dono de um ponto detáxi no cento da cidade, diz que a procura está sendomuito abaixo da esperada. "O Pan é uma negaçãopara os taxistas, o faturamento, para a gente, foi zero. Os poucosgringos que vieram andam só em comitivas e ficam na regiãoda Barra. Para os taxistas, não sobra ninguém",afirmou.As visitações ao Cristo Redentor, umdos principais pontos turísticos do Rio, aumentou no períododo Pan. Os jogos levaram ao Cristo muitos atletas e delegaçõesesportivas. Porém, de acordo com a assessoria de imprensa doTrenzinho do Corcovado, a principal causa do aumento na procura pelomonumento foi a eleição como uma das novas setemaravilhas do mundo, e não o Pan.Os Jogos Pan-Americanostrouxeram ao Rio de Janeiro cerca de 625 mil turistas, segundo dadosda Associação Brasileira de Agências de Viagem(Abav). O valor é pouco menor do que os 700 mil esperadosantes do evento. Segundo o presidente da Abav, Luiz Strauss, aproporção de estrangeiros que vieram aos jogos tambémestá dentro do previsto. Dos 625 mil turistas que estãona cidade, 20% são estrangeiros.Strauss explicou queesta porcentagem - cerca de 120 mil turistas estrangeiros - é30% maior do que a média registrada no mesmo mês nosanos anteriores. Para o representante da Abav, Luiz Strauss, apresença de estrangeiros pode não estar sendo percebidapelos cariocas porque o público atraído pelos Jogos temum perfil diferente do que aquele que vem à cidade por lazer,em épocas como o Ano Novo e o Carnaval.