Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os aeroportos deGuarulhos (SP), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Galeão (RJ)deverão ser equipados com sistemas de aterrisagem maispotentes, para permitir pousos mesmo em condiçõesprecárias de visibilidade. A medida faz parte de um conjuntode ações que visa desafogar o tráfego aéreono país. “Nessas localidades temos fenômenos meteorológicos queatrapalham, como chuva e nevoeiro. Sãoos que têm dado mais problemas no Brasil, obviamente”, justificou odiretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo(Decea), brigadeiro Ramon Cardoso, em entrevista coletiva na tarde destaterça-feira.Em condiçõesde pouca visibilidade, a aterrisagem é feita por instrumentoscom o auxílio de um equipamento chamado ILS (InstrumentLanding System), que fornece informações precisas para o alinhamento das aeronaves com o eixo da pista e com a trajetóriacorreta para o pouso. O ILS se divide em três categorias, deacordo com a precisão relacionada à visibilidade. Oaeroporto de Congonhas, por exemplo, tem ILS 1, enquanto Guarulhostem o ILS 2. O ILS categoria 3 é aquele que permite o pouso dasaeronaves com pequena visibilidade e com um teto bastante baixo. “Estamos fazendo umaanálise da colocação do ILS categoria 3 nosaeroportos de Porto Alegre, Curitiba, Guarulhos e Galeão”,anunciou o diretor-geral do Decea. Os aeroportos que dispõemde ILS 1, como Brasília, serão equipados com ILS 2. “Essas análises técnicas estão sendo feitas eeles serão implantados”, informou, sem precisar prazos. Ocusto é de US 2 milhões por equipamento e aaquisição é de responsabilidade do Decea –segundo Cardoso, o órgão já tem a verba.Nem todos osaeroportos, porém, podem receber ILS 3, pois o uso do sistemadepende também de outras condições, como ainstalação de iluminação mais potente napista. O de Congonhas, por exemplo, não poderáser equipado com ILS 2 ou 3. “Congonhas já tem o equipamentoque é permitido, não dá para colocar outro tipo", informou o brigadeiro. “Existe uma necessidadetécnica de terreno e de espaço para permitir esse tipode pouso. Não podemos colocar 700 metros de luzes na cabeceira dapista de Congonhas", explicou.