Aloisio Milani e Mylena Fiori
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A AgênciaNacional de Aviação Civil (Anac), responsávelpor regular o setor no país, decidiu suspender a venda depassagens aéreas para vôos que saiam do Aeroporto deCongonhas até que o tráfego aéreo estejanormalizado. Segundo portaria da agência, definida na reuniãoda diretoria hoje (24), somente serão autorizados vôoscom passageiros que já tenham bilhetes vendidos para oaeroporto.A medida passa a valer imediatamente a partir da publicação da portaria, que deve sair no Diário Oficial da União amanhã. Desde asemana passada, após o acidente com o Airbus 320 da TAM,vários vôos são cancelados por conta defechamentos da pista auxiliar. A pista principal continua fechada porconta da perícia e agora por um deslizamento de terra nacabeceira da pista ontem (23). Também há problemas paraoperação na pista auxiliar por conta das chuvas.O restabelecimento davenda de bilhetes para partidas do Aeroporto de Congonhas estãocondicionados à volta da normalidade do fluxo. A portaria tambémestabelece que equipes de fiscalização da Anac passarãoa monitorar os sistemas de reservas de todas as empresas aéreasregulares. O grupo, segundo a portaria, terá poderes parasuspender a venda de bilhetes em qualquer destino.O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, reconheceu que a situação de Congonhas é "caótica" e, por isso, a Anac resolveu adotar um novo plano de medidas. “É um conjunto demedidas bastante similiares às adotadas no período do Ano Novo", comparou. Indagado até quando as medidas vão funcionar, Zuanazzi respondeu: “É difícildefinir um prazo porque estamos em alta temporada”. A Anac estuda até a utilização de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e vôoscharters para suprir demanda de passageiros em Congonhas. A pista do Aeroporto de Congonhas foi fechada hoje (24), pela terceiravez no dia, às 15h22 para pouso, devido ao forte nevoeiro e à chuva nacapital paulista. A informação consta do último boletim da EmpresaBrasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Durante asinterrupções, eramrealizadas apenas decolagens com o auxílio de instrumentos. Aprimeira interrupção foi desde a abertura do aeroporto,às 6 horas, até as 8h50, e a segunda, das 11h05 até às 14 horas.Devido as paralisações, 49% dosvôos em Congonhas foram cancelados até às16 horas.Dos 175 programados, 86 não partiram. Entre às 0 hora e às16 horas decolaram com atraso de mais de uma hora 19 vôos (10,8%).De acordo com a Infraero, um forte nevoeiro encobre a cidade de SãoPaulo e é responsável pela baixa visibilidade.