Ana Luiza Zenker
Da Agência Brasil
Brasília - O Senado recebeu hoje (4) centenas de estudantes que vieram a Brasília para participar do 50º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Na véspera da abertura do evento, os estudantes foram assistir à sessão solene promovida pelos senadores em homenagem aos 70 anos que a entidade estudantil completa no dia 13 de agosto deste ano.Ao comentar a homenagem, o presidente da UNE, Gustavo Petta, destacou o fato de haver, no Senado, pessoas que fizeram parte da história da entidade estudantil. “Tem um significado muito grande a UNE ser homenageada no Senado e ter ali pessoas que fizeram parte da sua história e foram pessoalmente homenagear a entidade", afirmou.Petta lembrou que discursaram na solenidade senadores “de diferentes partidos, mas que participaram da história da UNE e ainda carregam valores que passaram a ter a partir da formação, que, com certeza, em parte, eles tiveram no movimento estudantil”.O 50º Congresso da UNE começa amanhã (5) e vai até domingo (8), na Universidade de Brasília (UnB). Com o tema Brasil, verás que um filho teu não foge à luta, o encontro tem na programação dois seminários, que discutirão ciência e tecnologia e questões da área de saúde. Também está prevista uma passeata na Esplanada dos Ministérios e uma homenagem a Honestino Guimarães, líder estudantil da UnB, ex-presidente da UNE e desaparecido político na década de 1960.Diversos motivos trouxeram estudantes de todo o país a Brasília para o 50º Congresso da UNE. A estudante de Pedagogia Suzane da Costa, do Rio de Janeiro, disse que espera poder buscar no encontro políticas que a ajudem a entender melhor o meio da faculdade em que estuda. "Eu vim para esse congresso para entender o que poderei realmente procurar para a minha faculdade."Rayane Bandeira, que estuda Geografia em Brasília, tem outro objetivo: “Colaborar, unir forças, para lutar pelos ideais dos estudantes, valorizar os estudantes, as escolas públicas”. Segundo ela, é preciso mobilizar forças para cobrar aquilo a que os estudantes têm direito. "Nunca deixar que esse espírito acabe. Mesmo que muitos estudantes estejam desacreditados, nós queremos demonstrar nossa força, nosso poder, cobrar os nossos direitos por um Brasil melhor, uma educação melhor, um futuro melhor. É isso que nós queremos”, completou.