Líderes comunitários discutem no Rio combate à criminalidade associada a jovens carentes

04/07/2007 - 15h44

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 160 líderes comunitários do Rio de Janeiro reuniram-se hoje (4) com representantes de organismos governamentais e da sociedade civil, além de profissionais das áreas de saúde, assistência social e segurança pública. Em debate, a segurança das comunidades, no seminário "Tecendo a Rede - Fazendo agora, Pensando no futuro", promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça. Essa foi uma das ações desenvolvidas no âmbito da segurança dos Jogos Pan-Americanos no mês que vem. O encontro acontece até amanhã (5).Para o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Correa, que participou da abertura do evento, o fortalecimento da integração entre as três esferas de governo e as iniciativas da sociedade civil é fundamental para garantir a continuidade dos projetos implementados junto às comunidades de baixa renda em função da realização dos Jogos."O foco dessa ação é fortalecer a rede federativa e as redes sociais que operam diretamente com esses jovens. É muito importante isso porque depois que saem os investimentos pontuais do Pan, esses benefícios entram na esteira das políticas públicas comuns. E o maior legado é o fortalecimento dessa rede sólida", afirmou.De acordo com a Senasp, ao todo estão sendo desenvolvidos oito projetos de capacitação que já atenderam cerca de 15 mil jovens de 14 a 24 anos, oferecendo capacitação em diversas áreas e possibilidade de atuar durante as competições. Através de um deles, o projeto Guias Cívicos, os jovens receberam noções de inglês, espanhol, turismo, ética e cidadania.A líder comunitária do Tanque, zona oeste do Rio de Janeiro, Carmem Lúcia Bento, destacou os benefícios que os investimentos sociais impulsionados pelo Pan trouxeram a cerca de 150 jovens de sua comunidade, mas acredita ser necessário que a população continue mobilizada após as competições para cobrar das autoridades que os projetos tenham continuidade."Os nossos jovens ganharam novas perspectivas para o mercado de trabalho e elevaram sua auto-estima, mas os projetos têm que continuar. A sociedade civil tem que estar mobilizada para fazer uma construção compartilhada disso tudo após o Pan", disse.