Servidores de universidades federais garantem plano de saúde mas mantêm greve

02/07/2007 - 22h35

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osservidores das universidades federais, em greve há 36 dias,garantiram a implementação do plano de saúde dacategoria ainda neste ano. O acordo foi feito hoje (2), durante reuniãoentre representantes da Federação de Sindicatos deTrabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra) e o secretáriode Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, DuvanierFerreira.

Alémde recursos para o plano de saúde, o governo concordou em nãoconsiderar o Vencimento Básico Complementar (VBC) como partedos reajustes salariais de agora em diante. O coordenador geral da Fasubra, LuísAntonio Silva disse que a medida representa um ganho da categoria, porque vaigarantir aumento efetivo dos salários. “Desde 2004, cada aumento na tabela salarial era retirado do VBC ereajustado no vencimento principal, ou seja, a remuneraçãoficava a mesma, congelada”, explicou.

Silvainformou que, apesar dos avanços, a greve vai continuar e nãohá previsão para o fim da paralisação,que segundo ele já conta com apoio de 99% da categoria:“Segue a greve, segue o debate, ainda há barreiras a seremsuperadas”.

Desde oinício da paralisação, 46 das 47 universidadesfederais representadas pela Fasubra aderiram àgreve. Os servidores técnico-administrativos querem recursospara revisão da tabela de vencimentos e equiparaçãodo piso salarial com o dos demais servidores do Poder Executivo.Atualmente, o piso é de R$ 700 e os saláriosmais altos atingem R$ 2.600.

Não foi definida data para a próximarodada de negociação entre os servidores dasuniversidades e o Ministério do Planejamento.