Dilma diz que obras no Rio com recursos federais poderão começar neste ano

02/07/2007 - 20h49

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo federal vaiinvestir mais de R$ 3,2 bilhões em obras de infra-estrutura, saneamento básico e urbanizaçãono estado do Rio de Janeiro, beneficiando mais de 2 milhões de famílias em áreascarentes – principalmente em favelas. Os financiamentos,detalhados pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, beneficiarão 12municípios da região metropolitanas e outros três cuja população é superior a 150mil habitantes: Nova Friburgo, Barra Mansa e Volta Redonda. E estão incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), totalizando R$ 3,8 bilhões com a contrapartida do estado, dos municípios e de outros financiamentos federais. Os recursos priorizarãoobras de abastecimento de água e esgotamento sanitário na Baixada Fluminense, despoluiçãodas baías da Guanabara e de Sepetiba e a revitalização do Rio Paraíba do Sul. Serão destinados também aobras de urbanização nas favelas do Complexo do Alemão e de Manguinhos, na zonaNorte, e de Cantagalo, Pavão-Pavãozinho e Rocinha, na zona Sul da cidade. A ministra explicou que as obras foram escolhidas em atendimento a três critérios – existência de projeto básico, de licenciamento ambiental prévioe de regularização fundiária –, “de modo a que elas pudessem ser iniciadas aindaeste ano”. E acrescentou que o objetivo é "contribuir para que o estado do Rio deJaneiro e sua população tenham acesso a uma infra-estrutura capaz de mudarqualitativamente as condições de vida das populações mais pobres desta cidade etambém da grande periferia". Do total previsto para a primeira fase, R$ 2,1bilhões virão do próprio Orçamento Geral da União;  R$ 1,08 bilhão de financiamentos federais; R$ 404,9 milhões da contrapartida do governo estadual e outros R$ 238,3 milhões dos 15 municípios envolvidos no programa. A ministra tambémdestacou a iniciativa como "algo inédito na prática governamentalno país: governo federal, estadual e municípios se unindo acima de visões e diferençaspartidárias em benefício da população”. Para o governadorSérgio Cabral Filho, as obras anunciadas restabelecerão o estado dedireito em áreas esquecidas por governos anteriores: “As nossas favelasforam abandonadas nos últimos anos, nas últimas décadas. Sem nenhum tipo deinvestimento ou de atenção nesse período, o que nós tivemos foi o tráfico dedrogas tomando conta dessas comunidades e estabelecendo as regras e o terror.Ao decidir pelos investimentos, nós estamos mostrando que quem estabelece asregras e o jogo é o estado de direito democrático, é o investimento social e a segurançapública”.