Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osecretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, atribuiu hoje (2) ocrescimento das importações brasileiras no setor de bens de consumo àvalorização do real sobre o dólar e às facilidades oferecidas pelosbancos na hora de financiar os produtos vindos de fora. O destaque foipara os automóveis, cujas compras subiram 53,7%.  "Oreal apreciado faz com que o automóvel fique mais barato. Além disso, apujança na economia brasileira, com juros mais baratos, faz com quevocê consiga transformar uma coisa que é cara numa coisa que qualquerum pode comprar", disse Meziat.Segundo ele, a estabilidade econômica, com inflação contida – e,portanto, tendência de redução nas taxas juros - permite que omercado financeiro ofereça condições vantajosas de financiamento, comotaxas baixas e prefixadas, além do alongamento dos prazos. "Hoje vocêconsegue comprar um carro em 72 vezes e pode reduzir o valor, quandoantecipa o pagamento das prestações".Emboraas compras de bens de consumo sejam as que mais cresceram no primeirosemestre em relação ao segundo, com 34,3% de aumento, Meziat chamaa atenção para o fato de que, em termos de participação no conjunto de importações, aaquisição de materiais usados pela indústria para incrementar suaprodução representa a maior parte."Asimportações brasileiras continuam com perfil extremamente virtuoso.As importações de bens de capital revelam investimentos e perspectivasde crescimento da economia brasileira. E as importações de produtosintermediários e matérias-primas permitem que a indústria brasileiraproduza crescentemente", afirmou o secretário. De acordo com dados divulgados hoje (2) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, enquanto os bens de consumo representam atualmente13,3% de tudo o que o Brasil importa, os bens de capital (máquinas eequipamento para a indústria) e as matérias-primas e intermediáriasjuntos representam 71,3%.