Justiça Federal solta sete últimos presos pela Operação Xeque-Mate

02/07/2007 - 19h49

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Justiça Federal revogou hoje (2) a prisão preventiva de nove acusados de envolvimento com a quadrilha investigada pela Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal (PF), por suposta exploração de máquinas caça-niqueis.Além de sete suspeitos que permaneciam presos, dois foragidos também foram beneficiados pela decisão do juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS), Dalton Igor Kita Conrado.

Além de libertar o ex-deputado estadual do Paraná Nilton César Servo, apontado pela PF como chefe da quadrilha, a decisão revogou as prisões de Ari Silas Portugal, Edmo Medina Marquetti, Hércules Mandetta Neto, José Eduardo Abdulahad, do tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Marmo Marcelino Vieira de Arruda e do major da PM Sérgio Roberto de Carvalho. Os sete são os últimos dos 80 investigados pela operação policial que ainda estavam detidos.

Os dois investigados que estavam foragidos são Gandhi Jamil Georges e Raimondo Romano. Com a decisão judicial, eles deixam de ser considerados foragidos, mas devem se apresentar para depor da mesma forma que todos os outros investigados.

Na avaliação do juiz, não havia mais necessidade de manter os suspeitos presos. O próximo passo do processo será ouvir as testemunhas de acusação (agentes da PF, delegados envolvidos com a investigação e pessoas que conheciam algo do funcionamento do esquema), o que deve começar ainda esta semana, bem como as de defesa dos suspeitos.

A Operação Xeque-Mate foi deflagrada pela PF no dia 4 de junho. No dia 19 de junho, o Ministério Público Federal denunciou 39 dos suspeitos à Justiça Federal em Campo Grande, que acatou o pedido. Entre os denunciados, além de Servo, está o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dario Morelli Filho.