Mylena Fiori
Enviada especial
Nova Delhi (Índia) - Índia e Brasilpoderão fabricar medicamentos genéricos a partir datransferência de tecnologia de instituições depesquisa a indústrias binacionais. “É umapossibilidade muito concreta”, afirmou o assessor de RelaçõesInternacionais da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Paulode Góes Filho, em entrevista à AgênciaBrasil. A academia assessora o governo federal na implementaçãode ações acordadas entre Brasil e Índia na áreacientífico-tecnológica. Na 3ª reunião doConselho Científico Brasil-Índia, realizada na semanapassada, os dois países incluíram entre as áreasprioritárias para cooperação, a troca deexperiências no que se refere à transferência,para a indústria, da tecnologia desenvolvida pelasinstituições de pesquisa e universidades. “Essaparceria entre universidades e empresas é um problema muitosério no Brasil e, aparentemente, os indianos estãosendo muito bem-sucedidos nessa área”, diz o pesquisador. É aí queentra a possibilidade de joint-ventures para produçãode medicamentos. “Nessa questão de estabelecer mecanismos decooperação que envolvam empresas, existe uma dimensãode avaliação destas alternativas que sãofundamentais para redução de custos na área demedicamentos”, confirma. Independentemente desse tipo de parceria,Brasil e Índia podem fechar algum acordo na áreafarmacêutica nos próximos dias, durante visita de Estadodo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Lula da Silva chegou a Nova Delhi às 8h30 deste domingo (3) – meia noite de ontem (2) pelo horáriode Brasília. Ele fica até terça-feira (5) na capitalindiana..