Procurador reforça pedido de auditoria na concessionária da Ponte Rio-Niteroi

28/05/2007 - 22h49

Flávia Martin
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O procurador regional da República Ricardo Portugal, morador de Niterói e usuário da ponte que leva ao Rio de Janeiro, disse hoje (28) considerar necessária a integração entre a concessionária Ponte S.A., responsável pela operação na via, e a Polícia Rodoviária Federal. Na última quinta-feira (24), ele encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) reforço ao pedido de auditoria na concessionária da Ponte Rio-Niterói, devido ao derramamento de milhares de litros de um produto químico no asfalto, o que havia causado, na véspera, transtornos para os motoristas que seguiam para o Rio de Janeiro.O primeiro pedido fora encaminhado em dezembro de 2006, porque o incêndio de um ônibus provocara quilômetros de engarrafamento. Portugal lembrou que desde então apenas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela fiscalização da concessionária, recebeu notificação do TCU. Nesse pedido, o Ministério Público Federal pedia a notificação da concessionária e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), responsável pelas obras na via, o que não ocorreu. Segundo o procurador, há uma série de irregularidades na via, como o excesso de velocidade dos veículos durante a madrugada e a colocação de anúncios que podem distrair o motorista. Sobre a falta de integração com a PRF, Portugal disse achar "estranho que a concessionária não tenha identificado o veículo causador do derramamento, por ela ter um sistema de câmeras capaz de fazê-lo". Ele explicou que a PRF, no entanto, não tem acesso a essas imagens, mas às de uma televisão que as reproduz e às quais o cidadão também tem acesso, pelo site da Ponte S.A. "A Polícia Rodoviária Federal deveria estar atuando dentro da estrutura da concessionária, usando o zoom das câmeras para identificar as placas dos automóveis", sugeriu. No documento encaminhado ao TCU na última quinta-feira, ele também sugeriu que seja proibida a passagem de veículos com mais de dois eixos pela via, restringindo o transporte pesado à BR-493, rodovia que contorna a Baía de Guanabara.