Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Alternativas para reduzir oíndice de mortalidade materna em Pernambuco serão debatidas hoje (28) por especialistas e representantes de entidades de defesa dosdireitos das mulheres. O encontro, na sede da Secretaria Estadualde Saúde, integra a programação do Dia Internacional de Combate à MortalidadeMaterna.
De acordo com Sandra Valongueiro, coordenadora do Comitê Estadual deEstudos da Mortalidade Materna, a cada 100 mil partos noestado, 80 mães morrem. Ela disse que as principais causas da mortalidade elevadadas gestantes pernambucanas são hipertensão, hemorragias, infecções ecomplicações.
A coordenadora destacou algumas das propostas a seremapresentadas à Secretaria Estadual de Saúde. “É necessário melhorar aassistência obstétrica em todos os níveis, principalmente o pré-natal. Épreciso atuar com maior eficiência na região do sertão e na área metropolitana,onde a mortalidade de mães é mais elevada”.
Sandra Valongueiro disse ainda que em Pernambuco o problema de mortesdurante a gestação, parto e pós-parto ocorre principalmente com mulheres pardasou negras, de baixa escolaridade, solteiras, que não exercem atividades fora dolar e agricultoras.
Dados do Comitê Municipal deEstudos da Mortalidade Materna indicam que no Recife 98% das mortes em conseqüência de gravidez, aborto, parto e pós-parto, poderiam tersido evitadas com a oferta de assistência de qualidade à saúde sexual ereprodutiva.