Assembléias definirão se servidores de universidades aderem à greve geral

28/05/2007 - 11h35

Marcos Agostinho
Da Agência Brasil
Brasília - Está previsto para hoje (28) o início da greve nacional dos trabalhadores das universidades federais. A categoria reivindica o reajuste dos salários e a derrubada do projeto do Executivo que prevê até 2016 que todas as despesas da União com pessoal e encargos poderão aumentar, no máximo, 1,5% ao ano além da correção da inflação. Desde a semana passada há greve em universidades de três estados, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Ceará. A  Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) espera que a adesão ao movimento  aumente, depois das assembléias que ocorrem na manhã de hoje. Umas das universidades em que deve aderir à greve é a de Brasília (UnB). Cosme Balbino, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SindFub) disse que entre as principais reivindicações da categoria na capital federal estão a revisão da tabela de salários, que segundo ele estão congelados desde a instituição do plano de carreira em 2004.“Além disso reivindicamos auxílio-saúde e a atualização do auxílio-alimentação. Queremos também a abertura de concursos públicos para suprir a demanda de vagas abertas nas universidades federais. Hoje a Universidade de Brasília, por exemplo, funciona com 70% de seu quadro de funcionários terceirizados ”, disse Balbino. Segundo ele, a greve afetará o Hospital Universitário de Brasília (HUB) pois a categoria é contra a transformação dos hospitais universitários em fundações estatais. “Para nós isso representa um processo de privatização dessas entidades”. Balbino contou que cerca de 900 funcionários trabalham hoje no HUB sem Carteira de Trabalho assinada.O coordenador revelou que, em reunião no dia 23 deste mês, o Ministério da Educação reconheceu as dificuldades da categoria. Segundo ele há a tentativa do ministério de resolver a situação. “O nosso problema é quando chega no Ministério do Planejamento, pois parece que a disposição não é a mesma. Mas nós temos nova reunião marcada com o ministério dia 6 [de junho] e vamos ver se conseguimos avançar em algum ponto.Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Educação há interesse de resolver a situação. Nesse sentido o órgão até se propõe em ser um elo de ligação entre os trabalhadores e o Ministério do Planejamento. No entanto, a assessoria informou que o ministério só se manifesta oficialmente quando houver um número de universidades que aderiram à greve.