Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A quadrilha investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), era integrada por servidores públicos, empresários e empregados de empresa que tinha lucro ilegalmente com a execução de obras públicas. O inquérito corre sob segredo de justiça, mas, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os crimes praticados pela quadrilha são fraudes em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.Por ordem do Ministério Público Federal e com autorização da ministra do STJ Eliana Calmon, a Polícia Federal cumpre cerca de 40 mandados de prisão preventiva, 84 mandados de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal. Até agora, não há um balanço oficial de presos e mandados de busca executados nos estados pela PF."Todos esses crimes são consumados para viabilizar os objetivos da organização, de garantir o direcionamento de verbas públicas federais e estaduais para obras de interesse do grupo; garantir o vencimento de licitações e assegurar a liberação de pagamento de obras superfaturadas, executadas irregularmente, ou mesmo inexistentes", registra nota oficial da PGR.O Ministério Público Federal anunciou que apresentará, dentro do prazo legal, denúncia ao STJ para iniciar a ação penal. O inquérito da investigação tem o número 544/BA.