Não existem pontos cegos no país, diz brigadeiro

17/05/2007 - 17h07

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, negou hoje (17) a existência de pontos  não cobertos por radares no espaço aéro brasileiro.“Não existem pontos cegos no Brasil. Não é do conhecimento do Comando da Aeronáutica a existência de pontos cegos no território nacional”, disse, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo.O brigadeiro também declarou que o sinal de rádios clandestinas e aparelhos celulares têm interferido nas freqüências usadas pela aviação. “Estamos tendo problemas sérios com interferências nas nossas comunicações. Hoje, o principal deles é a interferência ilícita causada por rádios piratas”.Segundo ele, apesar de o Comando da Aeronáutica recorrer à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), medidas liminares concedidas a essas rádios impedem que elas sejam fechadas.“Quando uma freqüência dessas começa a atrapalhar, às vezes sem que a pessoa saiba que está interferindo e pondo em risco milhares de vida, tentamos atacar a origem, mas a fiscalização compete à Anatel”.De acordo com Kersul Filho, muitas vezes, os celulares também constituem uma ameaça para o tráfego aéreo. “Celular também interfere, embora menos que as rádios. Ele ainda não chega a causar nenhum transtorno, porque a gente logo localiza as freqüências que estão atrapalhando. Se tivermos condições, mudamos nossas freqüências ou pedimos, para quem for de direito, que o faça”.