Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho de Ética da Câmara aprovou o arquivamento de representação contra o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). O parecer do relator da representação contra Raul Jungmann, José Eduardo Cardozo (PT-SP), sugeriu o arquivamento da representação do PTdoB justificando que na época dos fatos alegados ele não era parlamentar. Cardozo disse que, dessa forma, Jungmann não poderia cometer falta de ética e decoro parlamentar, sendo ministro do Desenvolvimento Agrário.O PTdoB, na representação contra o deputado pernambuco, argumenta que pesam sobre o parlamentar acusações de gastos de R$ 32 milhões com publicidade, mediante a compra de notas fiscais e superfaturamento. No entanto, para o relator do processo, condenar Jungmann seria praticar punição retroativa e a Câmara Federal não seria o foro próprio para a punição de casos dessa natureza.Ontem, o conselho decidiu arquivar também representação do PSOL contra o deputado Paulo Rocha (PT-PA). O relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), argumentou que as acusações contra o representante paraense se referem à legislatura anterior e "depois disto não surgiram fatos novos capazes de trazer justificativa regimental para sua punição por falta de ética e decoro parlamentar nesta legislatura".