Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil tinha 1,438 milhão de empresas comerciais registradas em 2005, com uma receita operacional líquida de R$ 940,2 bilhões e responsáveis pela contratação de sete milhões de pessoas. Os salários pagos e as retiradas chegaram a R$ 53 bilhões.No estudo que mostra a radiografia da atividade comercial no país em 2005, divulgado hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ), as empresas atacadistas aparecem com a maior fatia da receita (R$ 418,9 bilhões), apesar da atividade de varejo seguir reunindo o maior número de empresas (88,2%) e ocupando 75,2% dos trabalhadores."Entre 2000 e 2005, a participação do atacado no valor adicionado das atividades comerciais do país cresceu 5,6 pontos percentuais (de 29,9% para 35,5%) e o atacado quase duplicou sua produtividade no período, que foi de R$ 23.344 para R$ 45.415 por trabalhador", aponta o estudo do IBGE."As mudanças econômicas ocorridas recentemente no país proporcionaram mais competição comercial e a reestruturação de muitas empresas. Estas mudanças ocorreram a partir da implementação de novos métodos gerenciais, sistemas de logística, automação comercial e novas tecnologias de informação e comunicação."Ainda de acordo com o levantamento, em 2005, a venda de combustíveis e lubrificantes ficou com a maior parte da receita liquida de revenda do comércio atacadista (34,2%). Já o hiper e supermercados que reuniam apenas 0,9% das empresas do varejo foram responsáveis por 24% da receita líquida de revenda desse setor. No total das empresas comerciais estabelecidas no país em 2005, quase a totalidade (97,8%) tinham menos de 20 pessoas ocupadas.