Servidores decretam greve contra divisão do Ibama

10/05/2007 - 19h10

Aline Bravim e Marcos Chagas
Da Agência Brasil
Brasília - Os servidores do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decretaramhoje (10) greve nacional a partir de segunda-feira por tempoindeterminado. A decisão foi tomada durante uma assembléia a tarde, entre funcionários de todos os estadosbrasileiros.Os trabalhadores são contra a aprovaçãoda Medida Provisória (MP) 366, que determina que a gestãodas unidades de conservação e dos centros de pesquisaserá competência do recém-criado Instituto ChicoMendes de Conservação da Biodiversidade.Naassembléia foram ouvidos presidentes da Associaçãodos Servidores do Ibama (Asibama) de todo o Brasil. Servidores dealguns estados brasileiros, como Minas Gerais, preferiam que nãohouvesse greve, mas afirmaram que também vão fazerparalisação, para apoiar o Instituto do MeioAmbiente.Durante as negociações do servidores,foram colocadas nas paredes faixas em tom de protesto, como “O Ibamaestá contra os ditadores da MP 366”, “Ajude o Ibama acuidar do Brasil” e “Papa, salve o meio ambiente! O Lula estáacabando com ele”.A  presidente da Associação dos Servidores do Ibama do Distrito Federal (Asibama-DF), Lindalva Cavalcanti, disse que amanhã (11) os 100 delegados que referendaram a greve retornarão aos 26 estados para homologar a decisão em novas reuniões. Além disso, informou, decidirão que áreas do órgão federal paralisar. Em Brasília, a reunião está prevista para as 11h30."A tendência no Distrito Federal é manter o funcionamento das áreas de segurança e de manutenção das unidades de conservação ambiental, como o Parque Nacional de Brasília", disse Cavalcanti, em entrevista à Agência Brasil. "Como a seca já está chegando à região, o pessoal que faz o monitoramento de fogo nessas unidades, bem como o pessoal da segurança interna, deve continuar trabalhando." Ela ressaltou, no entanto, que a assembléia é soberana para decidir. "Nossa greve não é contra o meio ambiente, é a favor", declarou. Ela informou que está na página é possível participar de abaixo-assinado pela revogação da MP 366.