Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A relação de interdependênciaentre o Brasil e a Bolívia tornou mais favorável anegociação entre os dois países, avalia oprofessor Coordenação dos Estudos de PósGraduação de Engenharia da Universidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ), Giuseppe Bacoccoli. “A negociaçãofoi o melhor caminho na medida em que o Brasil tem umainterdependência, um cordão umbilical o ligando àBolívia, que é o Gasoduto Bolívia-Brasil”,afirma o professor.“Essa nossa necessidade é quemantém a Petrobras em atividade lá. Se amanhã oudepois a Petrobras decidir sair desta área pode acontecer que,por falta de investimento, venha a faltar gás para atender aomercado nacional”, alertou.O especialista da UFRJ tambémlembrou o fato de que a produção do gás em soloboliviano depende da tecnologia, da experiência e do dinheiroda Petrobras. “Por isto mesmo é que a Petrobras tem queviabilizar a sua presença lá para, no final das contas,garantir o nosso abastecimento através dos grandes campos queela mesma descobriu, como os de San Alberto e San Antônio, osdois maiores -mesmo tendo algum prejuízo financeiro com estadecisão”, acredita.