Só 4 estados não têm municípios incluídos na lista dos mil com piores índices na educação básica

01/05/2007 - 20h48

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Espírito Santo, além do Distrito Federal, são os únicos que não aparecem no ranking dos mil municípios com os piores indicadores nas primeiras séries do ensino fundamental (1ª a 4ª série), feito com base no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).Divulgado na última quinta-feira (26) pelo Ministério da Educação (MEC) , o Ideb aponta os municípios brasileiros que têm o pior desempenho no sistema de ensino público. O índice varia de 0 a 10 . Os números foram calculados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) com base no rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e nas médias de desempenho dos alunos em dois exames: no Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb) e Prova Brasil. Quando se leva em consideração os 4.351 municípios avaliados, São Paulo aparece,  pela primeira vez,  na 1.847 posição. No estado, o município de Queiroz é o que apresenta a menor nota, 3,24. No Rio de Janeiro, Campo dos Goytacazes, com Ideb 2,86 é o município com pior desempenho, ocupando a 1.286 posição. Em Santa Catarina e no Espírito Santo, os piores colocados são Santa Cecília, com nota 2,8 (1.209), e Mucuruci, com 2,92, (1.384), respectivamente . O Distrito Federal não aparece nessa lista. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) prevê o repasse de R$ 1 bilhão, ainda neste ano, para os mil municípios com piores indicadores. Para receber, os gestores municipais terão de aderir ao Compromisso Todos pela Educação, que estabelece, por exemplo, que as crianças devem ser alfabetizadas até os oito anos de idade. As escolas que não estão nesses mil municípios poderão receber incentivos previstos no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), anunciado na terça-feira passada pelo governo federal. O plano prevê dinheiro extra diretamente para as escolas que atingirem as metas intermediárias do Ideb, definidas ano a ano por escola.As instituições que cumprirem as metas vão receber, a título de incentivo, uma parcela extra no valor de 50% dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nos próximos 15 anos, as escolas brasileiras terão de alcançar no mínimo a nota 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).