Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O governador do Paraná, Roberto Requião, sancionou a lei que cria o novo piso mínimo salarial regional. Dependendo da categoria, o trabalhador paranaense que não têm acordos ou convenções coletivas de trabalho passa a receber de R$ 437 a R$ 474. Segundo estimativa da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), com base em dados do IBGE, o novo piso vai aumentar em 4% a massa salarial do estado.
Atualmente, a soma do conjunto dos salários formais do Paraná gira em torno de R$ 51 bilhões. Reajustado em 8,5%, o novo mínimo vai injetar R$ 1 bilhão a mais na massa salarial do Paraná, levando-se em conta apenas os trabalhadores formais. O Paraná conta, de acordo com o IBGE, com 2,1 milhões de empregos formais. A renda média desses trabalhadores paranaenses com carteira assinada é de R$ 1.017,00.
A sanção do novo piso foi uma das principais atrações da festa organizada pela Força Sindical do Paraná, com o apoio do governo do Estado, em comemoração ao Dia do Trabalhador. O presidente da Força Sindical, Sérgio Butka, afirmou que ano passado, quando foi criado um piso salarial maior do que o nacional, muitos empresários e políticos disseram que aumentaria o desemprego no estado.“Fomos radicais em afirmar que a história mostrava o contrário, nos estados que implantaram o salário diferenciado aumentou a oferta de emprego e aqui não foi diferente, hoje estamos comemorando o aumento de 4,88% na geração de empregos em 2006", disse Butka.
O diretor da Força Sindical, Nelson Silva, afirmou que esse novo piso, 25% mais alto que o salário mínimo nacional, é uma injeção de recursos no bolso dos trabalhadores que acaba beneficiando todas as categorias em efeito cascata e não apenas os 400 mil que têm o direito.