Festa do Dia do Trabalho da Força Sindical reúne mais de 300 mil pessoas em São Paulo

01/05/2007 - 14h53

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A comemoração do Dia do Trabalho da Força Sindical reuniu cerca de 320 mil pessoas na manhã de hoje (1º) na capital paulista. A festa deste ano, que começou por volta das 7 horas, está sendo realizada no Campo de Bagatelle, em Santana, zona norte da cidade e tem como tema Os trabalhadores e a defesa do planeta.A Polícia Militar estima que 800 mil pessoas estejam no local por volta das 15 horas da tarde, quando deve se apresentar a  dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano. No fim da manhã, houve ato político, com discursos sobre a preservação do meio ambiente e críticas à política econômica do governo. A previsão é de que a festa termine por volta das 18 horas.O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), explicou que, na festa deste ano, além da defesa do meio ambiente, estão sendo discutidas a luta os direitos dos trabalhadores e a terceirização, "que virou um caos no meio dos trabalhadores". "Vamos também criticar algumas coisas que estão erradas no governo. Vamos continuar criticando o aumento que o governo está propondo para o setor público de 1,5% por 12 anos, e vamos bater muito duro na política econômica do governo", afirmou.De acordo com Paulinho, o governo "precisa enquadrar o sistema financeiro". "Não é possível ter uma taxa de juros de 12% e, quando alguém precisar de um empréstimo, ter que pagar 60% se for pessoa jurídica, e se for pessoa física até 250% por ano. Isso é uma coisa escandalosa". Segundo o líder sindical, "quem manda no Brasil hoje são três bancos. Se o presidente Lula quiser, ele enquadra esse pessoal para baixar o tal de spread bancário".Paulinho disse que as centrais sindicais têm tido "espaço para negociação" no atual governo e deu como exemplo de avanço o "aumento expressivo do salário mínimo". Ele criticou, entretanto, o governo Lula, afirmando que este é um governo formado "por gente de esquerda e muita gente de direita. Talvez a maioria de direita".Estiveram presentes ao evento o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o senador Cristovam Buarque (PDT-DF); e o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP); entre outros.De acordo com o tenente-coronel da Polícia Militar, Sérgio Payão, 1.204 policiais estão trabalhando na segurança do evento.