Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou hoje (18) que o governo assumiu o papel de articulador no processo de criação da nova rede de televisão pública nacional, e não está “bolando” ele próprio uma nova televisão. Para o ministro, o governo está é levantando essa discussão.“O governo não está bolando nada. O governo está tentando dar uma vocalização razoavelmente uníssona ao conjunto de vozes que saem do Brasil inteiro e que manifestam a necessidade de fortalecimento de um setor público da televisão no país”.Segundo Gil, desde setembro de 2006, o governo está reunindo “vozes sonantes e dissonantes” sobre o assunto, que será debatido no Fórum das TVs Públicas, promovido pelo ministério.Gil disse acreditar que cabe ao Estado brasileiro um papel de articulador na questão, com o intuito de “estabelecer e estimular” o fortalecimento da TV pública no Brasil. Na avaliação dele, esse processo deve começar pelo fortalecimento dos canais que já são públicos ou parcialmente públicos no país.“O governo ainda pode ter um papel articulador nesta questão toda através de processos normatizadores e fomentadores da própria economia, das linhas, das possibilidades de financiamento, etc. Por isso que ele está assumindo esse papel”, disse.No dia 12, o ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, informou que o grupo de trabalho coordenado por ele e integrado pelos ministérios da Educação, Cultura e Comunicações teria 30 dias para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um modelo de rede de televisão pública. Segundo Martins, a nova rede deve ser formada a partir da unificação das estruturas da Radiobrás e as TVEs do Rio de Janeiro e do Maranhão.