Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Petrobras, a Braskem e o Grupo Ultra iniciaram avaliações e coleta de informações para demonstrar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que a operação de compra, por US$ 4 bilhões, do Grupo Ipiranga “beneficiará o setor petroquímico brasileiro em sua competitividade e consolidará o mercado de distribuição de combustíveis sem prejuízo ao consumidor”.Em nota oficial destinada ao mercado financeiro, e em particular à Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa), a Petrobras sustenta que a medida cautelar, em que o Cade suspende os efeitos da operação de compra do grupo Ipiranga, “não afeta o processo de fechamento da operação de aquisição do grupo Ipiranga”.A Petrobras adianta, ainda, que as empresas entendem o "zelo" que motivou a decisão do órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, e que respeitarão as determinações estabelecidas. A decisão do Cade de restrigir a gestão do grupo Ipiranga significa, na prática, o congelamento da operação e impede a Petrobras de promover qualquer alteração comercial na área de distribuição de combustíveis adquirido da Ipiranga e de transferir ativos petroquímicos da Ipiranga.Ao justificar a medida, o conselheiro do Cade Luís Fernando Rigato Vasconcellos alega que a necessidade de preservar a reversibilidade da compra - caso o órgão conclua pela reprovação do negócio no futuro. A decisão atendeu a requerimento das secretarias de Acompanhamento e de Direito Econômico, dos ministérios da Fazenda e da Justiça, que concluíram, em análise preliminar, que a transação pode vir a causar danos à concorrência nos setores petroquímicos e de distribuição de combustíveis.