Advogados vão pedir relaxamento de prisão para detidos na Operação Furacão

18/04/2007 - 0h34

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os advogados dos presos na Operação Furacão devem pedir, até amanhã (19), o relaxamento da prisão temporária de seus clientes. A prisão deles foi prorrogada ontem (18) por mais cinco dias por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).“Não me conformo com essa prorrogação, não há nenhuma necessidade. A investigação pode ser feita independente da privação de liberdade. Essa é uma punição desnecessária”, argumenta o advogado Nélio Machado.Ele defende dois acusados presos na Operação - o presidente das Ligas Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, e o desembargador federal do Rio de Janeiro, José Ricardo de Siqueira Regueira. Machado acusa a Polícia Federal de não dar o direito de defesa aos seus clientes. “Até agora só teve o discurso acusatório”O advogado Ubiratan Guedes, que defende o presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abrahão David, também irá recorrer da decisão do STF. “A PF tem o direito de pedir a prisão e o advogado tem o dever profissional de impedir que ela seja concedida ou recorrer da decisão”, diz Guedes.Os 25 presos pela Operação Furacão estão desde sexta-feira (13) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília sob a acusação de participação em esquema de jogos ilegais, tráfico de influência e corrupção. Com o grupo, foram apreendidos mais de R$ 15 milhões em reais, além de dólares e euros. Foram apreendidos também 51 carros e quatro motos, quase todos importados e avaliados em R$ 10 milhões.