Pobreza extrema no mundo cai 21% em 14 anos, revela estudo do Banco Mundial

15/04/2007 - 19h21

Agência Lusa

Washington (EUA) - A pobreza extrema no mundo diminuiu 21%entre 1990 e 2004, mas ainda existem 985 milhões de pessoas quesobrevivem com menos de US$ 1 (R$ 2) por dia, segundo relatório doBanco Mundial (Bird) divulgado neste domingo (16).O documento do Bird destaca também a diminuição do percentual dos quevivem com menos de US$ 2 diários, estimando, no entanto, que em 2004ainda havia 2,6 bilhões de pessoas (quase metade da população do mundoem desenvolvimento) vivendo abaixo desse patamar.O estudo atribui ao progresso a diminuição da pobreza, à qual estáassociada a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto per capita(PIB per capita - divisão do resultado da economia pelo total da população), que subiu em média 3,9% desde 2000.Outra razão considerada "chave" para que no ano de 2004 houvesse cercade 260 milhões de pessoas a menos em situação de pobreza extrema frentea 1990 foi a grande redução da miséria na China no período,segundo o Bird.As estatísticas do relatório deixam claro, no entanto, que o momentonão é de celebrações quanto aos resultados apresentados. O estudorevela, por exemplo, que mais de 10 milhões de crianças menores decinco anos morrem todos os anos por doenças que podem ser prevenidas.Com relação às diferentes regiões em desenvolvimento, o estudo destacaque a América Latina tem a maior expectativa de vida, com 72 anos, etambém a menor taxa de mortalidade entre crianças menores de cinco anos.Nessa região, 8,6% das pessoas vivem em situação de extrema pobreza,frente aos 9% atribuídos à região leste da Ásia e 41,1% da ÁfricaSubsaariana (centro-sul do continente africano).O estudo afirma também que a América latina é a região emdesenvolvimento com maior PIB per capita do mundo, apesar de terregistrado pequeno crescimento anual nesse item - média de 0,8% noperíodo compreendido entre 1995 e 2005.