Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que foi mal interpretado quando declarou que os problemas no tráfego aéreo brasileiro estão "longe de ser uma crise", ontem (11), em audiência pública na Câmara."Pegaram uma questão semântica, absolutamente ao contrário do que eu havia dito, e transformaram como se eu estivesse querendo minimizar os problemas que estamos enfrentando", observou há pouco, durante audiência pública no Senado - nas comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).Hoje, Zuanazzi reconheceu que o setor tem "problemas sérios, que precisam ser resolvidos". Informou que a média de atrasos dos vôos brasileiros é de 7% a 10% e o de cancelamentos, 2%. Acrescentou que, desde o dia 29 de setembro, quando houve o acidente com o avião da Gol, o país teve 14 dias de gravidade. E que a quantidade de passageiros “dobrou”, o que deve ser levado em conta, segundo ele."A média de atrasos é o que temos que vencer. Média se dá por falta de infra-estrutura sim, por horários de picos, especialmente no terminal São Paulo", afirmou.