Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ao Metrô do Rio de Janeiro foi iniciado em 1982. Desde aquela data, o banco já aprovou para o projeto um total superior a R$ 1,5 bilhão.De acordo com dados da assessoria de imprensa do BNDES, a última liberação de recursos da instituição para o metropolitano carioca foi feita em 2004, retomando-se o processo somente em 2006. Devido a problemas de dívida do estado do Rio junto ao BNDES, não houve desembolsos para o metrô durante todo o ano de 2005.Ainda no final de 2003, o presidente do BNDES à época, Carlos Lessa,  chegou a um acordo para renegociação da dívida do estado junto à instituição, avaliada em R$ 847,5 milhões. A  renegociação, contudo, não foi  reconhecida  pela Secretaria do Tesouro Nacional. Como o estado  tinha outros débitos junto ao governo federal, não pôde ser retirado do Sistema de Registro de Operações de Crédito do Setor Público (Cadip), do Banco Central. Por essa razão, o governo fluminense não poderia contrair novo endividamento.Em abril de 2006, o governo do Rio de Janeiro assinou com o BNDES um novo contrato para o reescalonamento da dívida. A carta-consulta com o pedido de financiamento para a expansão da Linha 1 do Metrô do Rio até a Praça General Osório, em Ipanema, zona sul da capital fluminense, deu entrada no BNDES no dia 12 de abril do ano passado. O projeto foi enquadrado em maio e aprovado em junho. A tramitação em tempo recorde refletiria, conforme nota divulgada pela instituição, “o empenho do banco em financiar uma obra de grande importância para a população do Rio de Janeiro”. Hoje (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deu partida às obras de expansão do metrô até Ipanema, em solenidade que contou com a presença do presidente do BNDES, Demian Fiocca. O banco apóia a implantação do projeto com financiamento no valor de R$ 305,7 milhões, o que corresponde a 64% do investimento total de R$ 478,1 milhões. Os restantes R$ 172,4 milhões serão aportados pelo governo fluminense. Os dados são do BNDES.Com essa obra, o sistema metroviário do Rio espera um acréscimo de demanda em torno de 50 mil passageiros por dia.A assessoria destacou, entretanto, que ainda não houve nenhuma liberação de recursos para a nova expansão do metrô até Ipanema, o que acontecerá na medida em que o cronograma da obra for desenvolvido.