Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Agenda de Princípios para o Brasilentregue por empresários hoje (11) aos presidentes da Câmara,Arlindo Chinaglia, e do Senado, Renan Calheiros, aponta comoprioridade as reformas. O documento propõe açõespara acelerar o crescimento econômico e social do país. A reforma da Previdência énecessidade “inadiável”, de acordo com o documento queaponta também que os benefícios previdenciáriossubiram de 5% em 1995 para 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em2005. O PIB é soma de todas as riquezas produzidas no país.A agenda sugere que a reforma da Previdênciacontemple três grandes eixos: custeio, gestão e omodelo. No custeio propõe que os benefícios devem serproporcionais às contribuições, com a eliminaçãode privilégios; na gestão, sugere combater os problemasrelativos à ineficiência e corrupção; e nomodelo, o documento defende que a capitalização dosistema deve ter a participação do setor privado. Para o presidente da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, a criaçãopelo governo do Fórum Nacional de Previdência Social vaiatrasar o processo. “É uma iniciativa importante, mas vaisignificar um retardamento no sentido de que se possa oferecer àNação uma proposta clara para essa questão quepode comprometer as bases do crescimento do país no futuro”,alertou.As reformas tributária, fiscal, trabalhistae sindical também são indicadas como necessáriassob a pena do país perder competitividade e, em consequência,empregos e renda. Modernizar a legislação trabalhista édefendido como uma forma de garantir a formalidade dos empregos. Asreformas política, eleitoral e judicial também sãoreivindicadas pelos empresários. “Todas as reformas passam por um processopolítico, então é necessário ampliar odiálogo com o Congresso Nacional para acelerar as reformasnecessárias”, afirmou o coordenador da AçãoEmpresarial, Jorge Gerdau.A Agenda de Princípios para o Brasil foielaborada pela Ação Empresarial que é formadapor seis confederações, sete federações eoutras 42 entidades de classe. O documento já foi entreguetambém ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aovice-presidente José Alencar.