Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - Para incentivar a geração de emprego e renda, e ainda contribuir para o combate à fome no Brasil, representantes de organizações não-governamentais, entidades da sociedade civil e associações comunitárias participam de cursos preparatórios para elaborarem melhor seus projetos nessas áreas.
As entidades integram 40 Consórcios de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consads), organizações municipais que, em parceria, desenvolvem projetos e ações de segurança alimentar e nutricional.
Inicialmente foi realizado um curso envolvendo dois pólos: o Consórcio de Urucuia Grande Sertão, que conta com a participação de municípios do estado de Minas Gerais e Goiás, e o Consórcio do Entorno de Brasília, formado por cidades próximas à capital federal. Mais 16 cursos serão realizados em outras regiões do país.
Segundo o coordenador geral de Difusão de Iniciativas Inovadoras do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Alexandro Rodrigues, "muitas vezes chegam projetos inviáveis para nós, propostas muito boas, com pessoas capacitadas para colocá-las em prática, mas na hora de passar para o papel não se saem muito bem”.
Ele informou neste mês deverá ser lançado um novo edital, com previsão de mais de R$ 5 milhões para financiar projetos para as comunidades dos Consads.
O vice-presidente do Consórcio do Entorno de Brasília, Geraldo Cabral, disse considerar suficiente o dinheiro destinado pelo governo para os trabalhos, mas lamentou a falta de apoio para colocar o projeto em prática. “Os recursos bastam para a capacitação e a estruturação de que necessitamos, mas falta apoio para a produção e a prática".
Geralmente os municípios que participam dos Consads possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como é o caso do entorno de Brasília, onde o desemprego é um dos principais problemas.