Sindicalistas vão à Câmara pressionar para que veto à Emenda 3 não seja votado

27/03/2007 - 15h47

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dirigentes e integrantes de sindicatos de todo o país reuniram-se hoje (27) na Câmara dos Deputados com a intenção de mobilizar parlamentares para que não seja votado no plenário do Congresso Nacional o veto à Emenda 3 do projeto que cria a Super Receita. "Se a emenda for a voto, é perigoso ser derrubado o veto do presidente. Então estamos fazendo toda uma mobilização dos trabalhadores", afirmou o presidente da Força Sindical e também deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho. Os sindicalistas alegam que, caso a emenda seja derrubada, as relações de trabalho serão precarizadas, e os poderes dos fiscais do trabalho reduzidos. A emenda trata também das relações de trabalho entre pessoas jurídicas. Segundo a presidente interina da Centra Única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Helena, estão previstas para o dia 10 de abril paralisações com duração média de três horas por todo o país em protesto contra a votação do veto em plenário. Carmen Helena disse que, se não houver votação, as paralisações serão canceladas.O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), que também participou da plenária, defendendo que o veto não seja votado, disse que o projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso como alternativa ao veto deve funcionar como um canal de diálogo. "O ideal para se manter o canal de negociação e valorizar o projeto de lei na busca de um entendimento é que o vetonão fosse a plenário para derrubar essa ponte de diálogo", afirmou o deputado.Na opinião de Paulinho, o projeto do governo "é muito ruim" e precisa ser refeito. Para ele, a solução é manter o veto e encontrar uma solução para regulamentar a pessoa jurídica. Em um auditório com 300 cadeiras, muito tiveram de ficar de pé, agitando bandeiras e com faixas de sindicatos de bancários,  trabalhadores em hotéis, metalúrgicos e costureiras, por exemplo. Passaram pela plenária deputados como o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio, o presidente da casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), Marco Maia (PT-RS) e Dalva Figueiredo (PT-AP).