Pesquisa de emprego mostra sinais de que agricultura sairá de crise, segundo ministro

27/03/2007 - 19h09

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nos dois primeiros meses do ano, a agricultura foi responsável pela criação de 39.212 empregos com carteira assinada no país, 6.899 a mais que no primeiro bimestre de 2006, quando o setor gerou 32.313 postos. É o que mostra do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.O saldo é o maior verificado para o bimestre, desde o início da série histórica do Caged, em 1992. Somente em fevereiro do mês passado, foram gerados 21.973 postos de trabalho a mais, o segundo maior saldo para o período, menor apenas que o registrado em fevereiro de 2006 (24.360 postos a mais). Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os resultados apontam uma recuperação do setor, que passou por uma crise em 2005."Podemos dizer que a agricultura saiu daquela crise brava que passamos especialmente em 2005. Em 2006 ela melhorou e em 2007 ela está melhor do que 2006, então creio que aqui já é uma tendência de saída da crise”, disse o ministro, em entrevista coletiva. De acordo com Marinho, apenas o cultivo da cana-de-açúcar foi responsável por 18.904 postos a mais em fevereiro deste ano, em relação ao mês anterior.No total, o Caged registrou a geração de 148.019 empregos com carteira assinada em fevereiro, um crescimento de 0,53% em relação a janeiro. O Sudeste aparece como a região em que foram criados mais postos de trabalho (110.306), uma variação positiva de 0,72%. Em seguida vêm o Sul (42.283), o Centro-Oeste (17.479) e o Norte (4.757). Já a região Nordeste registrou mais demissões que contratações, com menos 26.806 postos. De acordo com o ministro Luiz Marinho, a queda está relacionada ao fim da safra de cana-de-açúcar na região.