MEC quer dobrar financiamento público para pré-vestibulares

27/03/2007 - 20h59

Aline Bravim e Luziane Ximenez
Da Agência Brasil
Brasília - Este ano, o Ministério da Educação (MEC) planeja duplicar o volume de recursos enviado a cursinhos pré-vestibulares, destinados a estudantes afrodescendentes, indígenas e carentes. O orçamento do Projeto Inovador de Cursos (PIC) foi elevado de R$ 1,75 milhão para R$ 3,5 milhões. Com o aumento da verba, o MEC também quer dobrar de 29 para 65 o número de cursinhos atendidos pelo PIC.A comissão de consultores e especialistas do programa reuniu-se esta semana para selecionar as propostas de cursos pré-vestibulares de todo o Brasil. Aquelas que forem aprovadas receberão um financiamento do governo, correspondente ao número de alunos da instituição. O maior valor investido por projeto é de R$ 54 mil. São 127 propostas que concorrem aos recursos, vindas de 18 estados brasileiros. Os que inscreveram o maior número foram Bahia, Minas Gerais, Piauí, e Rio Grande do Sul.De acordo com a coordenadora pedagógica do PIC, Renata Melo, o financiamento será repassado por meio de convênio. “Os que forem habilitados, vão receber o auxílio por um convênio, assinado com o MEC, em uma única parcela”, completa. Renata Melo disse ainda que para o projeto ser aprovado, precisa ter no mínimo 51% de alunos afrodescendentes ou indígenas inscritos. Segundo ela, algumas propostas apresentam características especiais, como alunos com deficiência física.O Instituto Cultural Steve Bico, de Salvador (BA), recebe os auxílios do PIC desde 2002 – ano em que o Projeto Inovador de Cursos foi criado. Desta vez, o curso pré-vestibular comunitário inscreveu 60 alunos. Para a diretora pedagógica do instituto, Jucy Silva, o recurso é uma ajuda válida. “O auxílio é importante. Ele possibilita aos alunos o acesso à bens culturais, os incentiva para passar em uma faculdade, além de financiar melhores materiais para o curso”, ressalta.O resultado das propostas será divulgado no dia 4 de abril. Além do auxílio às instituições, o financiamento proposto pelo governo dá uma bolsa de R$ 40 a R$ 60 para cada aluno, mensalmente.