Brasil mostrará trabalho contra desertificação a outros países

26/02/2007 - 20h13

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As ações do Brasilno combate à desertificação vão ser apresentadas a outros países. O trabalhobrasileiro está no "Relatório de Implementação de Combate à Desertificação", cujaapresentação oficial ocorrerá no próximo mês em Buenos Aires, capital da Argentina,durante a 5ª Sessão do Comitê de Revisão da Implementação da Convenção dasNações Unidas de Combate à Desertificação (Cric).O relatório, elaborado por três anos pelo Ministério do MeioAmbiente, é uma espécie de prestação de contas do país à Organização das NaçõesUnidas (ONU), já que o Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas deCombate à Desertificação.“Em 2003 o Brasil estava numa posição de quase expulsão daconvenção, por que não cumpria com os seus compromissos internacionais. Hoje oBrasil é tido como um país modelo a ser seguido, as ações desenvolvidas noBrasil são consideradas hoje um dos pontos altos da convenção”, afirma ocoordenador-técnico do Programa de Combate à Desertificação do MMA, JoséRoberto Lima.De acordo com Lima, o relatório traz iniciativas do governofederal, de estados e da sociedade civil, que se uniram para enfrentar oproblema em torno de um projeto maior, o Programa Nacional de Combate àDesertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN), coordenado pelo MMA. Parao período de 2004 e 2007, o PAN tem recursos previstos da ordem de R$ 25bilhões.No programa estão inseridas ações como a distribuição decisternas (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome), o trabalhode formação de agricultores que vivem em áreas desertificadas (Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento) e o projeto de revitalização do Rio SãoFrancisco (Ministério da Integração Nacional).  “Todos esses programas são de projetos de combate àdesertificação, então o governo está tratando isso de forma muito consistente,muito contundente, no sentido realmente de parar, frear o avanço dadesertificação e tentar recuperar áreas”, afirma o coordenador.