Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Embora não tenha ocorrido qualquer incidente durante as invasões comandadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por líderes sindicais ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), na região do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, a oeste do estado, a Polícia Militar ampliou o número de policiais destacados para acompanhar as ações. Essas ocupações tiveram início no domingo (18) e até a tarde desta quarta-feira se mantinham em 13 áreas de dez municípios paulistas.De acordo com a assessoria de imprensa do Comando de Policiamento do Interior (CPI-8), sediado na cidade de Presidente Prudente, a cerca de 600 quilômetros da capital, ainda não há como precisar o tamanho desse reforço policial, adotado como medida de prevenção. Os policiais vão monitorar à distância os acampamentos, até que haja uma ordem de retirada por meio de decisão judicial, determinando reintegração de posse da terra. A Polícia Militar, no entanto, informa não ver risco de confronto porque tradicionalmente, nessa região onde são constantes as demandas fundiárias, sempre que os fazendeiros conseguem liminares para desocupação, os acampados são avisados com antecedência e não resistem à determinação para deixem o local.Nas 13 fazendas estão cerca de 2.300 famílias acampadas em barracas de lona. A maioria se concentra no município de Euclides da Cunha, nas fazendas Iaras 1 e 2, e Nova Esperança. As demais áreas onde há ocupações dos sem-terra são: Fazenda Platzeckm, em Mirante do Paranapanema; Fazenda Beira Rio, em Teodoro Sampaio; Fazenda Cachoeirinha, em Itapura; Fazenda Água Limpa, em Presidente Epitácio; Fazenda Guarani, em Presidente Bernardes; Fazendas Santa Tereza e Pederneiras, em Presidente Venceslau; Fazenda Santa Lourdes, em Flora Rica; Fazenda Santo Antonio, em Piquerobi e Fazenda São Diogo, em Dracena.