Consórcio afirma que problemas nas obras do metrô paulistano não significam riscos

21/02/2007 - 20h22

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Consórcio Via Amarela, responsável pela construção dalinha 4 do metrô de São Paulo, afirmou no final da tarde de hoje (21), emcomunicado enviado aos veículos de comunicação, que a imprensa tem divulgadodocumentos que, “retirados do seu contexto técnico, levam a conclusõesequivocadas sobre a segurança das obras”. Para se defender das notícias que apontamirregularidades nas obras do metrô, o comunicado afirma que há atualmente 12relatórios de não-conformidade em toda a obra da linha 4 e que estes já estãosendo solucionados. De acordo com a nota, esses relatórios vêm sendo apresentados na imprensa comodenúncias, enquanto são, na realidade, “fichas técnicas”. Segundo a nota, dos 12 relatórios existentes atualmente,quatro se referem à saúde, segurança e medicina do trabalho, que foramverificados no canteiro Jaguaré e já estariam resolvidos. Haveria ainda doisrelatórios sobre a instalação de canteiro de obras (indicando falta de projetode instalações hidráulicas do canteiro, que já teriam sido encaminhados para oMetrô); três no sistema de impermeabilização; um no remanejamento deinterferências (envio de explicação de como foram construídas as redes de águae esgoto e água pluvial que haviam sido retiradas do local); e duas deinstrumentação (limites de recalques que atingiram os níveis de alerta, tambémjá resolvidos, de acordo com a nota). O comunicado não especifica em quaisestações esses problemas foram verificados.A assessoria do Consórcio Via Amarela explicou que, a cadaproblema constatado na obra, é elaborada uma ficha de não-conformidade. “Umavez feita uma ficha de não conformidade, o Consórcio corrige a situação”, diz anota. Segundo a assessoria, esses relatórios de não-conformidade, elaboradospor fiscais do metrô, são procedimentos normais e estão sendo realizados desdeo início das obras da linha 4. O comunicado enviado à imprensa destaca que “a existência denão-conformidades não significa nenhum risco à obra. Pelo contrário, suaexistência demonstra que houve fiscalização e, quando necessário, correção”.Ainda segundo o comunicado, “todas as demais não-conformidadesocorridas ao longo do contrato já foram resolvidas e comunicadas ao Metrô”.