Reforma agrária nos quatro últimos anos ficou aquém do plano nacional, avalia Contag

30/01/2007 - 19h42

Ivan Richard e Aloisio Milani
Da Agência Brasil
Brasília - A ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) avalia que o conjunto dasações do governo federal nos últimos quatro anosficou aquém do que está previsto no Plano Nacional daReforma Agrária. Segundo o diretor de PolíticasAgrárias e Meio Ambiente da Contag, Paulo Caralo, para cumpriros objetivos seriam necessários 400 mil novos assentamentos,130 mil assentamentos por crédito fundiário e mais 500mil pela regularização de lotes. Ou seja, mais de 1milhão de famílias beneficiadas.“O MDA traz essas 381mil famílias como toda a meta. Se você fizer essacomparação com todo o PNRA ficou muito aquém decumprir a meta. Nós esperávamos um empenho maior nareforma agrária, que ela fosse fazer parte da agenda dodesenvolvimento desde o primeiro mandato”, disse. “Agora estamossentindo falta para o segundo mandato. Inclusive no anúnciofeito pelo presidente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não se toca na reforma agráriacomo estratégia de desenvolvimento rural sustentável.”Nosquatro anos do primeiro mandato do governo Lula, o governo federalassentou 381.419 famílias, em 2.343 projetos de assentamentosnuma área de 31,6 milhões de hectares, segundolevantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário edo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra).O resultado é menor do que o previsto nasmetas do Plano Nacional de Reforma Agrária (400 mil assentamentos), mas,segundo o Incra e o Ministério do Desenvolvimento Agrário,é o melhor desempenho da história em relaçãoàs área destinadas e aos número de famíliasbeneficiadas.