Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, levou hoje aos ministros Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência da República, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, uma sugestão para que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja explicado em detalhes aos empresários e prefeitos de Minas Gerais. “Só assim, o programa será entendidoem sua complexidade. Eu acho que o que está previsto para Minas Gerais é muitopositivo, mas precisa de uma apresentação mais qualificada do ponto devista técnico, o que demanda a presença de ministros no estado”,afirmou Pimentel, ao deixar o Planalto após encontro com os ministros. Indagado se os prefeitos iriam se organizar, assim como fizeramgovernadores, para elaborar uma pauta de reivindicações a ser entregueao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Pimentel respondeu: “Acredito que não. Não vejo movimentação nesse sentido e nem vejo necessidade disso. O PACé um programa do governo federal e, para a elaboração desse programa,o governo lançou mão da sua experiência, do seu conhecimento e dasconsultas que foram feitas no primeiro mandato junto a prefeituras eestados. Portanto, é um programa que contempla todo o país cominvestimentos federais e privados, mas não é um programa que se dirija,especificamente, a governadores e prefeitos”. Naavaliação do prefeito da capital mineira, o PAC vai ajudar a alavancaro desenvolvimento brasileiro e a manter o equilíbrio fiscal das contaspúblicas. “No Brasil, há mais de 20 anos o governo federal nãopronunciava a palavra investimentos. E, agora, apresentou um conjuntode medidas muito consistente. Então, não vejo por que se opor a isso.Querer acrescentar mais coisas, eu acho natural, mas se opor ao queestá posto é um contrasenso”. Quanto à decisão de governadoresde propor ao governo o repasse de 20% da arrecadação da CPMF(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para os estadose de 10% para os municípios, ficando os 70% restantes com a União,Fernando Pimentel considerou a ação legítima. “É uma pauta legitima ese insere na discussão da reforma tributária, que está em andamento. Seos governadores vão avançar nessa direção, é um ganho para o país”,afirmou.