Promotor diz que local do acidente do metrô já está preservado para trabalho de peritos

18/01/2007 - 12h44

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O promotor José Carlos Blat disse hoje (18) que o canteirode obras da Estação Pinheiros do metrô passou a ser considerado área de crime,já que ocorreram mortes no desabamento ocorrido na última sexta feira.Por esse motivo, o local já está preservado pelas políciasMilitar, Civil, Corpo de Bombeiros e peritos do Instituto deCriminalística.“Não se tira nenhum grão de areia daqui sem a supervisão dosperitos criminais do Instituto de Criminalística, do Ministério Público edemais perícias que vão trabalhar”.Blat informou que, depois da retirada da ultima vítima, osperitos envolvidos vão fazer o acompanhamento para chegar ao local e examinar aparte estrutural dos túneis e do próprio poço que já estava aberto.“Já conversamos hoje com peritos do IPT [Instituto dePesquisas Tecnológicas] que estão no local porque a preocupação deles é a nossatambém, que se faça o trabalho de escavação com muito cuidado e com supervisãotécnica das perícias para que não haja mais alteração do terreno”.Para o promotor, “é evidente” que houve negligência eimperícia. Ele acredita que houve falha ou de projeto ou de execução deprojeto, mas para chegar a essas conclusões é necessária a realização deperícia. “Os documentos já estão sendo encaminhados, já foram solicitados pelodelegado de polícia”.Blat disse que não há prazo para concluir a investigação,que é muito complexa. “Hoje é o sétimo dia em que os bombeiros trabalham para aretirada das vítimas. Da mesma forma que a retirada das vítimas tem sidocuidadosa, queremos todos os cuidados para que não se perca nenhum tipo deprova”.Ele informou que hoje o sub-prefeito de Pinheiros, NiltonElias Nachle, vai depor na polícia para dar esclarecimentos sobre a informaçãode que algumas famílias residentes no entrono da obra teriam reclamado de danosnos imóveis.“Precisamos saber se foi na sub-prefeitura, metrô defesacivil ou em que órgão eles fizeram essas reclamações. Estamos chamando todosesses órgãos para saber se existe reclamação oficial. Se existir, trata-se deum documento oficial que vai contribuir com a investigação”.