Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - Dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgaram hoje (18) as 26 propostas que consideram modelo para o desenvolvimento. As propostas destacam a definição de metas de desenvolvimento social associado às metas de crescimento econômico. A partir de fevereiro, representantes da CUT discutirão essas propostas, em seminários com a participação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de universidades e de outras centrais sindicais, informa o documento divulgado. Arthur Henrique, presidente da Central, destacou três aspectos para o “desenvolvimento que a CUT defende”: democratização, distribuição de renda e preservação do meio ambiente. Outra proposta recorrente é a ampliação dos “mecanismos de democracia direta, como plebiscitos (...) e referendos”. O dirigente ressalvou que esses mecanismos devem ser fortalecidos pela prática institucional. “É preciso equilíbrio entre democracia representativa e democracia participativa”, disse, ao defender uma reforma política nacional. O documento também aponta como propostas a redução do superávit primário, a reforma tributária e o reconhecimento legal das centrais sindicais. Segundo Arthur Henrique, ainda é necessário reavaliar se programas sociais, como o programa Bolsa Família do governo federal, estão “alcançando os objetivos” para os quais foram criados. O presidente da CUT critou o modelo de terceirização adotado no país: “Grande parte das empresas (...) não utiliza a terceirização como modelo de gestão (...), utiliza a terceirização com o único e exclusivo objetivo de fraudar a legislação trabalhista”. Dessa forma, segundo ele, esse modelo alimentaria o trabalho informal.